Efeito de diferentes estilos musicais nos níveis de estresse em um processo musicoterápico

Guilherme Henrique Hirayama Trautmann, Daniel Barbieri Freitas

Resumo


A presente pesquisa teve como objetivo principal medir a influência de sessões de
musicoterapia nos níveis de estresse. Secundariamente, pretendeu-se investigar o efeito de
diferentes estilos musicais nos níveis de estresse. Participaram do estudo 20 participantes de
ambos os sexos e com idade igual ou superior a 18 anos. Foram utilizadas a Escala de Sintomas
de Estresse (ESE), de Lima, Formiga e de Melo (2018) para avaliar o nível de estresse dos
participantes antes e após a musicoterapia; um protocolo de registro das sessões de
musicoterapia; e uma escala elaborada, denominada Escala Music, para verificar a duração
das sessões, o ambiente no qual ocorreu e se houve a realização de outra atividade
concomitante. A musicoterapia teve duração de sete dias e a coleta de dados ocorreu de
maneira virtual, via Google Forms, e foi conduzida pelos próprios participantes. Os dados
estatísticos foram analisados por meio do SPSS e os demais dados, tais como as possíveis
interações entre dados associados ao gênero da música, o tempo de duração das sessões e os
dados demográficos dos participantes com as medidas de estresse, foram analisados
descritivamente. Os resultados obtidos indicam que há relação entre preferência musical e
redução dos sintomas de estresse, bem como há efetividade da musicoterapia na redução dos
sintomas de estresse; além disso, não foi possível inferir que as sessões de musicoterapia mais
longa são necessariamente mais eficazes, da mesma maneira em que sessões mais curtas são
necessariamente menos eficazes; com relação aos dados demográficos, não foi possível
atribuir uma correlação entre as faixas etárias e os níveis de estresse; por outro lado, houve
um indício de que a musicoterapia se faz mais eficaz em pessoas do sexo feminino; ademais,
uma percepção positiva acerca da musicoterapia não significa, necessariamente, que houve
uma maior eficácia; por fim, houve um indício de relação entra a ausência de realização de
outra atividade concomitante à musicoterapia e a redução dos níveis de estresse. Concluiu-se
que a preferência musical tem maior influência sobre a eficácia da musicoterapia do que o
gênero musical propriamente dito.


Palavras-chave


Musicoterapia; Estresse; Gênero Musical; Preferência Musical.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8195

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