Uso de laser de diodo na dissecção da veia safena para cirurgia de revascularização do miocárdio Brasília

Diogo Assis Souza, Maria Paula Meireles Fenelon, Isaac Azevedo Silva

Resumo


A cirurgia de revascularização de miocárdio foi desenvolvida para tratamento de doença arterial coronariana (DAC), em meados nos anos 60, com enxerto, inicialmente de veia safena e, posteriormente, com a artéria torácica interna (ATI), que mudou por completo o tratamento de DAC e o prognóstico dos pacientes. Para ter o máximo em resultados, a qualidade do enxerto é de extrema importância, incluindo as técnicas para dissecção. Muitas técnicas para diminuir a lesão tecidual tem sido estudadas na busca de aumentar a patência vascular. O uso de laser de diodo é uma alternativa para a extração da veia safena. Objetivo: Comparar o grau de lesão tecidual provocado pelo laser de diodo na dissecção da veia safena e da ATI com o grau de lesão tecidual provocado pelo uso do eletrocautério. Metodologia: É um estudo prospectivo e randomizado que comparou o uso de laser de diodo e o uso de eletrocautério na dissecção da veia safena e da ATI em cirurgias de revascularização do miocárdio no período entre janeiro e junho de 2019. A amostra foi composta de 18 pacientes divididos em quatro grupos: Grupo A1: uso de laser de diodo na dissecção de ATI. Grupo A2: uso de laser de diodo na dissecção de veia safena. Grupo B1: uso de eletrocautério na dissecção de ATI. Grupo B2: uso de eletrocautério na dissecção de veia safena. Foram retirados fragmentos da veia safena e da ATI para um estudo de imuno-histoquímica com marcadores CD-31 e CD-34 para avaliação de processo inflamatório, que diminui a patência do enxerto no médio e longo prazo. Resultados: O estudo foi realizado em dezoito pacientes divididos em quatro grupos. O Grupo A1 é o grupo teste (laser de diodo) de dissecção de ATI e foi formado por 5 pacientes (4 do sexo masculino e 1 do sexo feminino) com idade entre 57 e 71 anos (média 62,6 + 6,11). O Grupo A2 é o grupo teste (laser de diodo) de dissecção de veia safena e foi formado por 3 pacientes (1 do sexo masculino e 2 do sexo feminino) com idade entre 61 e 80 anos (média 68,3 + 8,34). O Grupo B1 é o grupo controle (eletrocautério) de dissecção de ATI e foi formado por 5 pacientes (2 do sexo masculino e 3 do sexo feminino) com idade entre 44 e 80 anos (média 61,8 anos ±13,28) e o Grupo B2 é o grupo controle (eletrocautério) de dissecção de veia safena e foi formado por 5 pacientes (1 do sexo masculino e 4 do sexo feminino) com idade entre 44 e 71 anos (média 58,25 + 9,69). Conclusão: Não foi observado variação de lesão tecidual entre o uso de laser de diodo e eletrocautério, mostrando ser factível o uso do laser de diodo para extração de enxerto de veia safena na utilização para cirurgia de revascularização do miocárdio.


Palavras-chave


Laser de Diodo, Veia Safena, Revascularização Miocárdica, Patência do enxerto.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2019.7655

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