Proteômica de biopsias líquidas (sérica e urina) como biomarcadores nos adenocarcinomas colorretais

Gabriel Fonseca de Bulhões, Igor Norat Cavalcanti, Aline Maria Araújo Martins

Resumo


O câncer colorretal (CCR) é o terceiro mais prevalente no mundo, sendo que, cerca de 45% das vezes seu diagnóstico é tardio, geralmente apresentando metástase a distância tendo um prognóstico desfavorável. O padrão-ouro para o diagnóstico é a colonoscopia, no entanto esse exame apresenta diversos riscos como sangramento, perfuração, complicações cardiorrespiratórias e questões relacionadas ao pudor e desconforto, resultando em baixa adesão dos pacientes. Atualmente, o principal exame de rastreio do CCR é a pesquisa de sangue oculto nas fezes (SOF), porém esse possui baixa sensibilidade e especificidade. Sendo assim, se faz necessário a criação de novas ferramentas diagnósticas, como métodos menos invasivos usando biopsias líquidas. Neste trabalho foi realizado uma prospecção de proteínas presentes em biópsias líquidas (plasma e urina) por meio da espectrometria de massas entre um grupo de indivíduos portadores de neoplasia colorretal e de indivíduos não-patológicos (controle) visando definir possíveis biomarcadores. No estudo foram coletadas amostras de plasma e urina de 18 indivíduos, 9 pertencentes ao grupo CCR e 9 ao grupo controle, sendo extraídas as proteínas totais das amostras. Em seguida, essas foram submetidas a nanocromatografia usando uHPLC, os picos obtidos foram submetidos à análise do Orbitrap e Progenesis. Durante a análise foram separadas 18 proteínas com relevância estatística, sendo 5 delas provenientes do plasma e 13 da urina, podendo ser utilizadas como possíveis potenciais biomarcadores. Na literatura, algumas destas já foram descritas e relacionadas ao CCR, outras já foram associadas ao processo da carcinogênese, outras, ainda, não foram descritas no CCR ou no processo de carcinogênese. Assim, futuras pesquisas com focona validação dessas proteínas mais relevantes e avaliação de forma personalizada se faz necessário, além de alinhar a proteômica à outras técnicas, como a metabolômica

Palavras-chave


proteômica, câncer colorretal, espectrometria de massas.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2018.6406

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