Caracterização física da madeira de três espécies amazônicas

Jéssica Karolini Macedo De Santana, Nathalia Coelho Pereira

Resumo


Considerada um dos únicos recursos naturais renováveis com propriedades estruturais e resistência por unidade de peso, a madeira, segundo Zenid (2015), apresenta, além da fácil trabalhabilidade, do baixo consumo energético, da alta resistência específica e das boas características de isolamento térmico e elétrico, a possibilidade de uma produção sustentada nas florestas nativas e plantadas e nas modernas técnicas silviculturais empregadas nos reflorestamentos. Mas apesar de suas inúmeras vantagens, a madeira como material da construção civil, ainda está relegada a uma forma quase empírica e tradição. Sendo sua utilização de modo racional, dependente de amplos estudos para identificação, classificação e caracterização de novas espécies conforme exemplificado por Bessa (2018). Deste modo, o projeto de pesquisa em questão teve por objetivo, contribuir para a ampliação do número de espécies caracterizadas na Floresta Amazônica, sendo empregado para o cumprimento desse propósito, a realização dos ensaios para a determinação das propriedades físicas de três das nove espécies “inéditas” extraídas pelo Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro – LPF/SFB em parceria com a empresa Madeflona Industrial Madeireira Ltda, no ano 2017, em área de Concessão Florestal na Floresta Nacional de Jacundá, localizada entre os municípios de Porto Velho e Candeias do Jamari, Estado de Rondônia. Para a realização dos ensaios, foram confeccionados com base na norma brasileira NBR 7190/1997 para Projetos de Estruturas de Madeira, 110 corpos de prova divididos entre as três espécies de Roxinho – Peltogyne lecointei Ducke., Cedrinho ou Libra – Erisma lanceolatum Stafl. e Tamarindo – Martiodendron elatum (Ducke) Gleason. Por meio da apuração dos dados coletados, foram conquistados para a espécie de Roxinho, 1,013 g/cm³ de densidade aparente, 1,218 g/cm³ de densidade verde, 0,961 g/cm³ de densidade seca, 0,846 g/cm³ de densidade básica, 0,405% de retração axial, 4,485% de retração radial, 7,538% de retração tangencial, 1,681 de relação entre a retração tangencial e radial, 0,407% de inchamento axial, 4,696% de inchamento radial, 8,152% de inchamento tangencial e 13,691% de variação volumétrica; para a espécie de Cedrinho ou Libra, foram alcançados, 0,680 g/cm³ de densidade aparente, 1,060 g/cm³ de densidade verde, 0,632 g/cm³ de densidade seca, 0,545 g/cm³ de densidade básica, 0,432% de retração axial, 4,473 g/cm³ de retração radial, 9,302 g/cm³ de retração tangencial, relação entre retração tangencial e radial de 2,079, 0,433% de inchamento axial, 4,683% de inchamento radial, 10,256% de inchamento tangencial e variação volumétrica de 15,920%; para a espécie de Tamarindo, foram obtidos 0,960 g/cm³ de densidade aparente, 1,167 g/cm³ de densidade verde, 0,905 g/cm³ de densidade seca, 0,820 g/cm³ de densidade básica, 0,352% de retração axial, 3,523% de retração radial, 5,656% de retração tangencial, 1,606 de relação entre retração tangencial e radial, 0,353% de inchamento axial, 3,651% de inchamento radial, 5,995% de inchamento tangencial e 10,253% de variação volumétrica. Sendo constatado após a realização dos cálculos e da análise comparativa com as espécies de mesmo gênero disponibilizadas pelo Banco de Dados de Espécies de Madeiras Brasileiras do Laboratório de Produtos Florestais – LPF/SFB, que os valores alcançados estão coerentes com os obtidos em outros estudos


Palavras-chave


Madeira. Construção Civil. Floresta Amazônica.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2018.6291

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