COMPARAÇÃO DA ACURÁCIA ENTRE OS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO POR HEMOCULTURA E PCR (REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE) EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE

Gabriel do Amaral Cavalcante, Henrique de Lacerda Pereira, Nivaldo Pereira Alves, Matheus Moreno de Oliveira, Gustavo Albergaria Brízida Bächtold

Resumo


A pneumonia adquirida na comunidade é uma infecção contraída fora do ambiente hospitalar, a qual acomete, principalmente, as vias aéreas inferiores. Sendo comum durante a infância. Classicamente o paciente poderá apresentar sinais clínicos como: febre, tosse e dispneia. Durante o exame físico, o qual é imprescindível para o diagnóstico, podemos encontrar: retração intercostal, estridor expiratório contínuo e murmúrio vesicular diminuído. É comum que esse tipo de infecção seja resultante de uma exposição à bactérias. Contudo, não é o único patógeno causador dessa doença, podendo ser, também, vírus ou fungos. Os exemplos mais frequentes de agentes bacterianos causadores dessa doença são: Chlamydia pneumoniae, Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae e Streptococcus agalactiae. Vale lembrar que os agentes mais habituais variam de acordo com a faixa etária. Durante a prática clínica além dos recursos de padrão clínico e de exame físico, têm-se os exames de imagem (radiografia de tórax) e exames laboratoriais mais específicos. Dentre esses temos a hemograma com VHS e hemocultura. O presente trabalho procura demostrar à importância do PCR/RFLP (Reação em Cadeia da Polimerase/Polimorfismo de Tamanho dos Fragmentos de Restrição) na identificação e caracterização das bactérias através da genotipagem do DNA. Sendo assim, verificar qual metodologia de diagnóstico etiológico (hemocultura ou PCR/RFLP) possui melhor acurácia na identificação bacteriana em pacientes pediátricos com pneumonia adquirida na comunidade. Para coleta de dados 50 pacientes pediátricos foram selecionados e atendidos no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) na faixa etária de zero a doze anos. Os dados colhidos consistem em amostras de sangue dos pacientes, segundo critérios pré-determinados, e informações contidas no sistema de prontuário eletrônico da Secretaria de Estado de Saúde – DF (TrakCare). Em seguida, foram realizados ambos os exames para cada amostra de sangue colhida e feita a comparação entre os resultados obtidos com cada método. A PCR/RFLP foi realizada em três etapas: extração do DNA da amostra; realização da técnica de reação em cadeia da polimerase com digestão enzimática utilizando um padrão de digestão com a enzima de restrição Hae III a fim de estabelecer diferenças genéticas entre os microrganismos e definir qual está infectando o paciente. Por fim, os resultados foram concebidos através da análise dos fragmentos de DNA observados nas eletroforeses em gel de agarose e poliacrilamida. A hemocultura, por sua vez, foi realizada em três etapas, sendo a primeira a coleta adequada da amostra de sangue, evitando contaminações que pudessem interferir no resultado final; a segunda o adequado armazenamento e transporte do material e a terceira o cultivo da amostra em culturas específicas para os agentes etiológicos. Pode-se inferir que quando o serviço de saúde disponibiliza esses dois tipos de exame, a hemocultura é mais escolhida em detrimento do preço, apesar da PCR/RFLP encontrar o agente etiológico mais rapidamente e com maior especificidade e sensibilidade. Com essa última técnica, foi definido um padrão etiológico bacteriano comum de Streptococcus pneumoniae e Streptococcus agalactiae nas amostras. Contudo, a maioria das hemoculturas foi negativa para a pesquisa de gram positivo, gram negativo e anaeróbios


Palavras-chave


Pneumonia Adquirida na Comunidade; Hemocultura; PCR/RFLP (Reação em Cadeia da Polimerase/Polimorfismo de Tamanho dos Fragmentos de Restrição).

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n2.2016.5589

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