SAÚDE DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS EM BRASÍLIA

Larissa Miranda Muniz, Luísa Damas Palet, Luciano Henrique Duque, Lara Ferraz

Resumo


A eletricidade é um bem indispensável no dia a dia do homem moderno, desde sua descoberta e início de suas aplicações práticas. Ela representa atualmente a principal fonte de calor, luz e força que dispomos para nossas atividades, que vão do âmbito pessoal (residencial) ao institucional (comércio e industrias). Este estudo explanará a visão das instalações elétricas no que tange às habitações particulares, mais especificamente os edifícios residenciais de Brasília. A capital federal possui um contexto histórico, com a área urbana tombada pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). As necessárias manutenções periódicas (que às vezes nem chegam a ser feitas) e as atualizações de cargas instaladas não são, em sua maioria, realizadas com o devido rigor técnico. Poucas são as pessoas que têm acesso a um profissional de engenharia elétrica ou mesmo um eletrotécnico devidamente qualificado, que saiba, por exemplo, calcular a demanda energética de uma residência. Isso decorre da falta de profissionais realmente qualificados, do desconhecimento do assunto por parte dos contratantes, ou até por mera razão de economia. Como resultado, é cada vez mais comum encontras instalações clandestinas, como podemos assim definir.
Destarte, o que nossa pesquisa de campo traz é a comparação entre edifícios construídos na década de 90 e os da primeira década de 2000, definindo o nível de patologia encontrada em tais edificações. O estudo de patologias faz-se necessário, uma vez que as manutenções prediais não resolvem problemas mais graves. Assim, esse projeto tem como fim o desenvolvimento de uma metodologia de conscientização, demonstrando a importância e a relevância social para as manutenções periódicas das instalações elétricas residências, seguindo as atuais normas brasileiras de instalações elétricas.
Na maioria dos prédios encontramos problemas básicos similares, como: a utilização de fios e conexões erradas, mau isolamento e até mesmo variação entre a seção do cabo entre a saída do disjuntor e a chegada no final do circuito (resultante
de emenda de cabos com seções distintas), que são por sua vez a causa mais recorrente do superaquecimento e posteriores problemas no dimensionamento, que geralmente são atribuídos ao disjuntor. Ainda sobre este último item, o disjuntor, dispositivo que protege a fiação, frequentemente aparece com o valor da corrente nominal superior ao ideal, para evitar que fique desarmando.
Os problemas listados acima são os mais habituais, e geralmente decorrem da prática frequente de contratação de serviços de menor custo, sem atentar para a qualidade técnica do executante. Seja por economia ou por desconhecimento do assunto, o síndico ou os moradores não aferem o resultado das reformas ou das manutenções executadas, que deveriam ser preditivas e evitar problemas.
Por fim, a pesquisa feita mostrará que as edificações de construção mais recentes foram mais atentas a muitos requisitos normativos do que os prédios com idade mais elevada. Isso não se dá apenas devido à atualização das normas e maior cobrança quanto ao seu atendimento, mas porque atualmente a atenção do engenheiro eletricista nas obras tem sido mais requerida, deixando a evolução da obra mais confiável e garantindo que as futuras manutenções do sistema predial sejam feitas de maneira mais segura e menos complicada


Palavras-chave


Patologias em instalações elétricas. Engenharia Elétrica. Manutenção Predial.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n2.2016.5528

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