Um projeto comum para a América Latina e os impactos das empresas em direitos humanos
Résumé
O artigo parte do reconhecimento de que na década de 70 do século passado, os países do sul global deixaram de agir de forma coordenada na defesa e na busca de concretização de seus interesses. Isso parece bem claro a partir da análise do desenvolvimento histórico do tema de empresas e direitos humanos, que busca, de modo bastante genérico, estreitar as relações entre atividades econômicas e direitos humanos. Identificada a falta de coordenação, a pesquisa partiu da hipótese de que seria possível encontrar um fundamento que pudesse levar à uma ação coordenada. A hipótese era a de que a teoria do Ius Constitutionale Commune para a América Latina apresentaria essa fundamentação. A análise da teoria não foi feita sem antes serem identificados quais as dificuldades que se impõe ao estabelecimento de uma relação, ou de relações, concretas e tangíveis entre empresas e direitos humanos. Uma vez identificadas as dificuldades, foi feita a análise da teoria na busca de respostas ou de instrumentos que pudessem enfrentar essas dificuldades. A pesquisa foi dedutiva no que diz respeito à analise da teoria de base e indutiva em relação à tentativa de identificar instrumentos para enfrentar os desafios encontrados. Ao final, foi possível concluir que a teoria do Ius Constitutionale Commune serve como fundamento para a adoção de nova postura pelos países do sul global no que tange às atividades econômicas que neles investem e, para além disso, ainda pode ser fonte de instrumentos importantes
Texte intégral :
PDF (Português (Brasil))DOI: https://doi.org/10.5102/rbpp.v9i2.6090
ISSN 2179-8338 (impresso) - ISSN 2236-1677 (on-line)