Esperança e possibilidade em Ernst Bloch

Mariana Carvalho

Resumo


Este artigo propõe esboçar algumas ideias sobre o conceito de esperança em Ernst Bloch, diferenciando-o do seu uso corrente pela tradição platônico-cristã. Para Bloch, a esperança (longe de ser um afeto passivo) é inerente à própria estrutura histórica e biológica do homem, constituindo uma margem contínua de possibilidade do presente, a partir da qual é possível uma verdadeira crítica deste. Ao defender a esperança como práxis diária, Bloch resgata o sentido positivo da utopia contra os detratores do sonho, distribuídos nas fileiras do niilismo e do pessimismo. Ademais, este artigo propõe uma contraposição entre o conceito de esperança em Bloch a partir de dois interlocutores privilegiados: Walter Benjamin e Peter Sloterdijk. O primeiro entendendo a esperança a partir de um forte traço messiânico, conectando-a a uma interrupção da continuidade histórica que, em tese, prepararia terreno para uma revolução social; o segundo, como uma força acumulada junto aos desejos de vingança.

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DOI: https://doi.org/10.5102/univhum.v10i2.2935

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ISSN 1984-9419 (impresso) - ISSN 2175-7488 (on-line)

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