The appropriation of the carioca intangible cultural heritage by an entrepreneurial logic

Mário Ferreira de Pragmácio Telles

Resumo


This paper focuses on the means by which the City Hall of Rio Janeiro implemented a policy for the preservation of local cultural heritage and used legal instruments available to the protection of intangible heritage, notably from 2013, as of the creation of a new category: The Traditional and Notable Economic Activities`s Book of Registry. The research is based on the debate about the conception of the Intangible Cultural Heritage (ICH) as an analytical category, in order to recognize that the ICH carries a challenging potential capable of supporting the struggles of historically subalternized groups and subjects, thus revealing the essentially political nature of this category. The development of the research intends to demonstrate that Rio`s intangible heritage was captured by the entrepreneurial logic, which led to the neutralization of the challenging power of this category and permitted the beginning of the memory deletion process of those historically subalternized subjects and groups.

Palavras-chave


Intangible Cultural Heritage; Registry; Traditional and remarkable economic activities; Rio de Janeiro city; Cultural policy.

Texto completo:

PDF (English)

Referências


CANCLINI, Néstor Garcia. O patrimônio cultural e a construção imaginária do nacional. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN/Minc, n. 23, p. 95-115, 1994.

CAVALLAZZI, Rosângela Lunaderlli. Perspectivas contemporâneas do patrimônio cultural: paisagem urbana e tombamento. In: FERNANDES, Edésio; ALFONSIN, Betânia. Revisitando o instituto do tombamento. Belo Horizonte: Fórum, 2010.

______. Cidade Standard: desafios da paisagem em movimento. In: AHMED, Flávio; SOARES, Inês Virgínia Prado (Org.). Bens culturais e cidades sustentáveis. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2016.

______; RIBEIRO, Cláudio Rezende (Org.). Paisagem urbana e direito à cidade. Rio de Janeiro: PROURB, 2010. (Coleção Direito e Urbanismo. V. 1).

______; FAUTH, Gabriela (Coord). Cidade Standard e novas vulnerabilidades. Rio de Janeiro: PROURB, 2018.

_____; AYRES, Madalena Junqueira (Org.). Construções normativas e códigos da cidade na zona portuária. Rio de Janeiro, PROURB, 2012. (Coleção Direito e Urbanismo. V. 2).

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. 14. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.

CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade/UNESP, 2006.

DAMATTA, Roberto. O ofício do etnólogo ou como ter anthropological blues. Boletim do Museu Nacional, n. 27, 1978.

DOMINGUES, João Luiz Pereira. A história institucional recente da política de patrimônio cultural na cidade do Rio de Janeiro: versões protecionistas, versões empreendedoras. Antíteses, v. 9, n. 17, p. 222-245, jan./jun. 2016.

____________; LOPES, Guilherme. Economia Criativa e trabalho cultural: notas sobre as políticas culturais brasileiras e nos marcos do capitalismo contemporâneo. In: RUBIM, Antônio Albino Canelas; BARBALHO, Alexandre; CALABRE, Lia (orgs). Políticas culturais no governo Dilma. Salvador: EDUFBA, 2015.

HARVEY, David. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablus, 2006.

______. Cidades rebeldes. Do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo: Martins Fontes, 2016.

___________. From managerialism to entrepreneurialism: the transformation of urban governance in late capitalismo. Geographic Annaler, 71B, 3-17, 1989.

HOBSBAWM, E.; RANGER, T. A Invenção das Tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2010.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Os limites do patrimônio. In: Antropologia e Patrimônio Cultural: diálogos e desafios contemporâneos. LIMA FILHO, Manuel Ferreira; ECKERT, Cornélia; BELTRÃO, Jane. (Orgs). Florianópolis: Nova Letra/ABA, 2007.

GUELMAN, Leonardo Caravana. A experiência múltipla de um projeto e seus enraizamentos no território. In: GUELMAN, Leonardo C.; AMARAL DOS SANTOS, Juliana; GRADELLA, Pedro de Andrea (orgs). Prospecção e capacitação em Territórios Criativos: desenvolvimento de potenciais comunitários a partir das práticas culturais nos territórios Cariri (CE), Madureira, Quilombo Machadinha e Paraty (RJ). Niterói: CEART/Mundos das Ideias, 2017.

REIS, Daniel. Cidade (i)material: museografias do patrimônio cultural no espaço urbano. Rio de Janeiro: Mauad X/FAPERJ, 2015.

RUBIM, Antonio Albino Canelas. Políticas culturais no Brasil: tristes tradições, enormes desafios. Salvador, 2007.

_______. Políticas culturais e novos desafios. Matrizes, São Paulo, v. 1, n. 2, out. 2009. Disponível em: . Acesso em: 10 jan. 2010.

_______. Políticas culturais entre o possível e o impossível. O público e o privado. n. 9, Fortaleza: UECE, 2007.

RUBIM, Antônio Albino Canelas; BARBALHO, Alexandre (orgs). Políticas culturais no Brasil. Salvador: EDUFBA, 2007.

SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés. Tombamento e registro: dois instrumentos de proteção. In: FERNANDES, Edésio; ALFONSIN, Betânia. Revisitando o instituto do tombamento. Belo Horizonte: Fórum, 2010.

VELHO, Gilberto. Antropologia urbana: interdisciplinaridade e fronteiras do conhecimento. Mana: Rio de Janeiro, v. 17. n. 1, abr. 2011.




DOI: https://doi.org/10.5102/rdi.v17i3.6977

ISSN 2236-997X (impresso) - ISSN 2237-1036 (on-line)

Desenvolvido por:

Logomarca da Lepidus Tecnologia