Estudo de prevalência de exames de ressonância magnética com foco em alterações do sistema nervoso central de gatos domésticos do Distrito Federal

Letícia Queiroz Landim de Almeida, Renata Borges Feliciano de Lima, Bruno Alvarenga dos Santos

Resumo


Os exames de imagem estão ganhando cada vez mais notoriedade na medicina veterinária devido sua contribuição no diagnóstico de diversas enfermidades. Dentre estes a ressonância magnética (RM), que permite uma avaliação criteriosa de estruturas de tecidos moles. Esta desenvolve-se como o método de diagnóstico mais utilizado na avaliação do sistema nervoso central (SNC) de felinos, além de ser de rápida execução e específica no diagnóstico de anomalias de crânio e coluna destes pacientes. Apesar da sua relevante contribuição, a RM ainda é subutilizada na medicina veterinária no Brasil, em função do baixo número de equipamentos no país e da falta de profissionais qualificados na área, resultando em uma escassa quantidade de dados estatísticos e estudos disponíveis. Com o intuito de delinear o perfil de incidência de alterações no SNC de felinos, neste estudo de prevalência foi realizado uma coleta do histórico de laudos de ressonância magnética de crânio e coluna de pacientes felinos de um centro de diagnóstico por imagem em Brasília - DF, que ocorreram entre agosto de 2021 e abril de 2022. Dos pacientes submetidos ao exame 90 (49 machos e 41 fêmeas) realizaram RM de crânio e 57 de coluna (31 machos e 26 fêmeas). Os resultados apontaram que os animais sem raça definida apresentaram a maior incidência no estudo, fato que pode estar associado a este grupo representar a maior população de felinos do DF. Foram realizados cálculos de prevalência e testes Quí-Quadrado, com nível de confiança de 5%, a fim de buscar correlações tanto de sexo quanto idade com as principais alterações observadas, e constatou-se que não existe correlação entre o sexo dos pacientes e as alterações ponderadas nos estudos. Em relação à idade, tanto os resultados de crânio, quanto os de coluna, mostram uma maior casuística de felinos entre 1 e 10 anos sendo submetidos ao exame. No que concerne às alterações, foi possível notar que nos exames de crânio as principais alterações foram encontradas no sistema ventricular, já nos exames de coluna as alterações foram predominantemente observadas no segmento lombo-sacral, além disso, não foram observadas correlações significativas entre o sexo dos animais e as alterações observadas. Além disso, não foram encontrados achados significativos em 21 exames. De forma a sugerir que são necessários estudos epidemiológicos, a fim de determinar a existência de associações entre as alterações e outros fatores, como sexo e predisposição racial. Cabe ainda ressaltar a importância da solicitação correta de métodos diagnósticos por parte dos médicos veterinários, a fim de evitar a ocorrência de laudos sem achados significativos, levando a determinação do diagnóstico de forma mais rápida e precisa

Palavras-chave


Felinos, diagnóstico por imagem, crânio, coluna

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2021.8957

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