Análise do valor preditivo do questionário “hagos” na eficácia do tratamento conservador da síndrome do impacto femoroacetabular

Raquel Skaf Nacfur Santana, Mauro Souza Tagliatte, Hélio Ismael da Costa e Anderson Freitas

Resumo


A articulação do quadril (fêmur-acetábulo) é uma articulação esférica que permite uma grande amplitude de movimentos, composta pela fossa acetabular do osso ilíaco e pela cabeça do fêmur. Por ser uma articulação de muita mobilidade, fica suscetível a algumas patologias como, por exemplo, o impacto femoroacetabular (IFA). O impacto femoroacetabular é considerado como o contato entre o rebordo acetabular e o fêmur proximal. Na presença de uma anatomia normal, o impacto pode ocorrer em amplitudes de movimento máximo. Porém, quando existem sutis alterações na morfologia dessas estruturas ósseas, o “choque” torna-se frequente, ocasionando dor. Procuramos avaliar prospectivamente a evolução de pacientes portadores de síndrome do impacto femoroacetabular, submetidos ao tratamento conservador, com a finalidade de definir se o questionário HAGOS tem a capacidade de predizer a eficácia do tratamento de acordo com o escore obtido pelo paciente. Tratou-se de um estudo série de casos, analítico e prospectivo, no qual foram avaliados pacientes com diagnóstico de Síndrome do Impacto Femoroacetabular (SIFA) e direcionados ao tratamento conservador, acompanhados no hospital HOME no período entre agosto de 2021 e agosto de 2022. Foram incluídos pacientes com idade de 18 a 50 anos, com diagnóstico de SIFA e que concordaram em participar da pesquisa. Em relação ao recrutamento de pacientes: pacientes ambulatoriais que apresentaram diagnóstico clínico e radiológico de SIFA e que foram encaminhados para tratamento conservador pelos médicos assistentes do hospital. Os pesquisadores não terão acesso ao prontuário. Foi aplicado aos participantes o questionário The Copenhagen Hip and Groin Outcome Score (HAGOS), como forma de avaliar e predizer o benefício do tratamento conservador. Houve uma prevalência de idade entre 34 e 51 anos. Além disso, com as respostas analisadas notamos que a maioria dos pacientes analisados apresentam algum tipo de dor no quadril. Em relação aos sintomas 66,7% dos pacientes apresentam dor no quadril frequentemente e 66,7% apresentam dor toda semana e 33,7% dor todos os dias. Em relação às atividades físicas, 50% dos pacientes apresentam pouca dor ao correr e 16,7% deles moderada, grande e muito grande. Em relação as tarefas domésticas pesadas cerca de 50% dos pacientes relataram pouca dor. Já em relação a qualidade de vida 66,7% se sentem limitados pelos seus problemas no quadril, 16,7% o tempo todo e 16,7% de modo nenhum. Ainda não foi possível chegar a conclusões definitivas devido ao baixo número de pacientes analisados. Dessa forma, ainda não podemos predizer o benefício do questionário HAGOS no auxílio dos profissionais na melhor conduta terapêutica do paciente

Palavras-chave


articulação do quadril; síndrome do impacto femoroacetabular; questionário hagos; tratamento conservador

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2021.8926

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