Efeito do treinamento em circuito na força, percepção de fadiga, qualidade de vida e funcionalidade de sobreviventes de câncer de mama

Amanda Mendes da Mota Pinheiro, Bruna de Oliveira, Renata Aparecida Elias Dantas

Resumo


O câncer de mama (CM) é classificado como um carcinoma, por se originar em células epiteliais a partir da proliferação ductal. Apesar do aumento acelerado das taxas de incidência de câncer nos últimos cinco anos, a taxa de sobrevida aumentou de 30% para aproximadamente 80% nos países desenvolvidos. A crescente população de sobreviventes requer acompanhamentos e cuidados especializados, posto que o câncer e o próprio tratamento promovem uma série de alterações fisiológicas que afetam a qualidade de vida e a capacidade funcional de sobreviventes de CM. O treinamento de força é uma das estratégias mais utilizadas para atenuar os efeitos colaterais tardios e persistentes do câncer, reduzindo a fadiga e a caquexia. O objetivo desta pesquisa foi analisar os efeitos de 8 semanas de treinamento em circuito na força muscular, na percepção de fadiga, na qualidade de vida e na funcionalidade de sobreviventes de câncer de mama. Para isso, 9 sobreviventes de CM foram submetidas a um programa de treinamento de força de oito semanas. Antes e após o programa de treinamento, as sobreviventes foram avaliadas quanto a força muscular, a percepção de fadiga, a qualidade de vida e a funcionalidade. Houve uma redução significativa após o protocolo de treinamento, na fadiga geral (p = 0,02), fadiga física (p = 0,01), redução da atividade (p = 0,002) e na redução da motivação (p = 0,01). Além disso, houve um aumento significativo na resistência à fadiga muscular (p < 0,001). Houve também uma melhora significativa na funcionalidade, demonstrada por uma redução do TUG (p < 0,001) e um aumento do desempenho no teste de “sentar e levantar” (p < 0,001). O treinamento de força em circuito também promoveu um aumento significativo da qualidade de vida nos domínios de capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, vitalidade, aspectos sociais, limitações por aspectos emocionais e saúde mental, se mostrando uma estratégia efetiva e positiva para aumentar a qualidade de vida de sobreviventes de câncer de mama. Conclui-se que, a partir dos resultados da presente pesquisa, o treinamento em circuito proporciona resultados significativos nas variáveis fadiga geral, fadiga física, fadiga muscular, redução da atividade, redução da motivação e funcionalidade, promovendo uma maior qualidade de vida para sobreviventes de câncer de mama.


Palavras-chave


Câncer de mama; Treinamento resistido; Força muscular; Resistência muscular; Fadiga Relacionada ao Câncer.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8279

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