ELETROESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR PARA FORTALECIMENTO MUSCULAR DE RETO ABDOMINAL EM MULHERES

Italo de Oliveira, Leticia Martins Paiva

Resumo


A estimulação elétrica neuromuscular (EENM), também conhecida como corrente russa, é a aplicação da corrente elétrica para manter ou aumentar a força muscular. Como a fraqueza em reto abdominal é uma queixa frequente encontrada no sexo feminino, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da corrente russa em mulheres com déficit de força em abdômen, analisando se houve aumento da força, redução do percentual de gordura local e a intensidade da dor durante a aplicação do procedimento. Foram selecionadas dez mulheres, idade entre 18 a 40 anos, divididas em dois grupos: o grupo A foi composto por cinco mulheres sedentárias com fraqueza muscular em reto abdominal; e grupo B com cinco mulheres sedentárias com fraqueza em abdômen e que já tiveram pelo menos uma gestação. A EENM foi aplicada três vezes por semana, por 30 minutos, durante oito semanas, totalizando 24 sessões. As voluntárias foram avaliadas na 1º, 12ª e 24ª sessão. As variáveis deste estudo foram: idade, tempo sem atividade física, índice de massa corporal (IMC), dobras cutâneas, perimetria, força muscular em abdômen e dor durante a aplicação da EENM. A análise estatística foi realizada pelo teste t-student, com nível de significância p>0,05. A idade média das participantes do grupo A foi 23,6 anos e 27,6 anos para grupo B. O tempo médio sem praticar atividade física foi de 1,8 anos. O valor médio do IMC encontrado entre as três avaliações foi de 23,6 para o grupo A e 24,7 para o grupo B. Houve no decorrer da pesquisa redução ou aumento de peso de algumas participantes. Quanto a força muscular não houve diferença significativa entre os grupos (p>0,05): o grupo A apresentou média de 3,5 de força muscular segundo o teste de Kendall, com mínimo de 3 e máximo 5. E o B média de 3,6 conforme o mesmo teste, mínimo de 2 e máximo de 5. A média da circunferência abdominal foi de 79 cm para o grupo A e 81,8 cm para o grupo B, e das dobras cutâneas foi de 2,8% para o grupo A e de 3,1% para o B, onde nenhum dos resultados comparativos apresentaram nível de significância. Com relação a escala visual analógica da dor a média foi de 2,2 em uma escala de zero a dez. Conclui-se que a utilização da estimulação elétrica neuromuscular mostrou resultados que justificam seu uso para fortalecimento do reto abdominal tanto em mulheres sedentárias quanto pós-gestacional, apesar de não apresentarem diferenças significativas entre os grupos. Quanto ao limiar de desconforto durante a aplicação da corrente foi possível notar que sua aplicação pode ser considerada -tolerável


Palavras-chave


Eletroestimulação. Fisioterapia. Abdômen. Força Muscular

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n3.2017.5842

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